Estamos vivendo um 1º de Maio atípico. Em outros tempos, estaríamos tomando as ruas do país, reivindicando os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Entretanto, o momento pede que nos resguardemos em nossas casas, pela saúde de toda a população. Nesta semana, atingimos a triste e preocupante marca de 400 mil mortos de covid-19. 400 mil famílias que perderam seus entes queridos, sem a possibilidade de ao menos poderem se despedir. Além da pandemia, o povo brasileiro enfrenta uma grave crise de desemprego, que atinge cerca de 14 milhões de brasileiros. O perigo da fome também assombra: mais da metade da população brasileira sofre com a insegurança alimentar.
Se há um culpado por todo esse caos e desordem que se instalou no país, identificá-lo não é tarefa difícil: Em Brasília, o Presidente da República segue com seu plano de extermínio e genocídio, no qual minimiza o vírus, desarticula aquisição de vacinas e boicota as medidas de prevenção sanitária e de distanciamento social.
No ano de 2020, quando a pandemia iniciou no Brasil, a bancada de oposição garantiu aos trabalhadores(as) o auxílio emergencial no valor de R$ 600,00. Esse valor foi essencial para que a população mais necessitada e vulnerável garantisse o prato na mesa. Nessa segunda onda, na qual o vírus vem se apresentando de modo mais agressivo, é imperioso que tal auxílio se mantenha para que mais vidas sejam salvas. O valor estabelecido pelo Governo Federal, de R$ 250 reais, não é suficiente para saciar a fome de tantos que não têm a perspectiva de uma próxima refeição. Mais do que uma questão política e social, garantir o auxílio emergencial de 600 reais até o fim da pandemia é uma questão humanitária.
A vacinação da população brasileira também é uma necessidade urgente. No Ceará, faltam vacinas para a aplicação da 2ª dose. Muitos ainda não possuem sequer expectativa de quando se vacinarão. Todo esse entrave no processo de imunização advém de uma política de sabotagem do Presidente Bolsonaro que, por diversas vezes, ignorou ofertas de compras de vacinas. Além disso, o não-incentivo do Presidente à ciência e à pesquisa brasileira também impactou no atraso à produção do imunizante brasileiro. O descaso de Bolsonaro quanto ao vírus é um dos grandes pilares para a instauração dessa crise sem precedentes pela qual passamos.
Nesse 1º de maio, a Classe Trabalhadora precisa se reinventar para uma urgente e necessária reconstrução do país. Para isso, a PEC do teto de gastos precisa ser revogada e as áreas essenciais possam voltar a receber investimentos necessários. O Serviço Público também precisa ser cada vez mais valorizado, haja vista que, nesses últimos tempos, vimos o quão essencial foi o SUS à toda a população. Precisamos, ainda, garantir a vacinação a todos e todas. Por fim, o debate e o diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras precisam ser mantidos e intensificados, a fim que possamos construir juntos e juntas um caminho para derrotar o bolsonarismo e a extrema-direita em 2022. Que nesse 1º de maio possamos refletir sobre a consciência de classe e sobre esse projeto de política unitária, que se faz tão imperiosa e inadiável.
VIVA O 1º DE MAIO! VIVA A CLASSE TRABALHADORA!
Confira, abaixo, o vídeo do Secretário Geral da Intersindical Ceará, Róger Medeiros, sobre o 1º de Maio: