Na noite de 21 de julho, a Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos a PEC 15/2015, que trata do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Às vésperas da votação da PEC, o desgoverno de extrema direita de Bolsonaro enviou uma proposta aos deputados que comprometia o Fundeb e inclusive deixava a educação sem a verba do Fundo no ano que vem.
Na segunda-feira, 20, o desgoverno tentou atrasar a votação do Fundeb através de negociação com deputados.
Já na terça-feira, 21, deputados aliados de Bolsonaro tentaram esvaziar o quórum, retardando a presença na sessão que votou o Fundeb. Muitos deles, alguns cearenses inclusive, só foram dar presença depois de 15h. (veja nomes em roxo na foto do painel de votação)
Também na terça-feira bolsonaristas assumiram abertamente que são contra a educação e no Twitter subiram a tag #fundebNão, um verdadeiro elogio à ignorância e ao atraso.
Mas nada disso adiantou. A luta e a pressão das entidades sindicais e estudantis e dos trabalhadores, principalmente da educação, obrigaram grande parte dos deputados bolsonaristas a recuarem e a PEC que garante o Fundeb pelos próximos anos. Mesmo depois de aprovada em primeiro turno, o desgoverno Bolsonaro, através do partido Novo, tentou outra manobra através de destaque para não assegurar um padrão mínimo de qualidade, que trata sas condições adequadas de oferta e terá como referência o custo aluno qualidade (CAQ). Nova derrota para os bolsonaristas.
No entanto a luta deve continuar. Mesmo tendo sido aprovada na Câmara, a PEC que trata do Fundeb precisa ser votada no Senado e ter pelo menos 49 votos a favor do texto atual.
É importante lembrar que desde o início do seu desgoverno, Bolsonaro tem atacado a educação, seja com corte de verbas, seja intervindo em universidades, tentando militarizar o ensino e alterando currículos, seja nomeando para o Ministério da Educação (MEC) mentirosos e desqualificados, deixando inclusive o país durante semanas sem ministro na área. O último nomeado, um pastor evangélico, parece estar se mostrando tão danoso quanto seus antecessores.
Diante disso, o Sindifort e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora continuam em luta contra as propostas absurdas de Bolsonaro e a favor de um Fundeb que priorize a educação básica e valorize os professores(as) e demais trabalhadores na educação. #ForaBolsonaro #AprovaFundeb