Na calada da noite, Prefeito e vereadores começaram a destruir uma série de direitos conquistados pelos servidores. É fundamental que os trabalhadores e trabalhadores se mobilizem, junto o movimento sindical, para barrar esses ataques
A Intersindical Ceará está mobilizada e lutando contra a tentativa de desmonte de diversos direitos dos servidores municipais de Fortaleza. O ataque, promovido pelo prefeito Sarto Nogueira (PDT) junto com a Câmara de Vereadores, começou essa semana com o envio, pelo poder executivo, na calada da noite, de duas emendas que mexem diretamente na Lei Orgânica do Município de Fortaleza. As propostas já foram aprovadas em primeira votação, com 31 votos a favor e 9 contra, e seguem para segunda votação em breve. Todos os servidores precisam se juntar na luta para barrar a aprovação dessas medidas absurdas.
Entre as mudanças que o prefeito quer fazer estão o fim de licença-prêmio; fim de anuênios; fazer com que possíveis pensionistas de servidores que tenham alguma deficiência não tenham direito de receber; extinção da paridade do reajuste salarial para os inativos e acabar com a redução de jornada para profissionais de saúde após 20 anos de serviço. E essas são apenas parte do pacote de maldades!
“Essas propostas de emenda foram enviadas para a Câmara sem qualquer diálogo prévio com servidores e sindicatos. As duas emendas são, na prática, reformas Administrativa e Previdenciária aqui em Fortaleza. Elas alteram, por exemplo, artigos da lei orgânica que colocam para o regime próprio dos servidores as regras da reforma da previdência federal. É um ataque muito grave contra os trabalhadores e trabalhadoras”, explica Augusto Monteiro, representante do Sindicato dos Agentes Municipais de Trânsito e Transporte no Estado do Ceará (SIATRANS) e conselheiro fiscal da Intersindical Ceará.
Na quarta-feira, 10/2, representantes da Intersindical e outros movimentos passaram o dia na Câmara buscando canal de diálogo com os vereadores e resistindo contra o avanço das emendas. Apesar da pressão inicial, durante a noite elas foram aprovadas em primeira votação.
Segunda votação
Entre a primeira e segunda votações é obrigatório haver um intervalo de pelo menos dez dias. Todas as categorias de servidores da Cidade, e a população, precisam somar forças para pressionar os vereadores que são favoráveis à precarização do serviço público de Fortaleza a mudar o seu voto.
“Hoje (quinta, 11/2) estamos fazendo um ato numeroso em frente à Prefeitura e uma comissão de trabalhadores entrou no Paço Municipal para buscar uma solução. Vamos mobilizar os servidores para potencializar a luta contra os ataques que atingem milhares de pessoas e prejudicarão serviços essenciais para a Cidade”, afirmou Augusto.