O DCM recebeu a seguinte nota:
Mais de 5 mil Sem Terra de todos os cantos do país estão no terceiro dia de marcha em direção a Brasília. Lá, a esperança dos marchantes é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acate a inscrição da candidatura do ex-presidente Lula no próximo dia 15. A prerrogativa é de que vários candidatos já tiveram seus registros aceitos, mesmo após condenações em segunda instância, dada a possibilidade de recurso ao TSE ou ao Supremo.
“A Marcha Nacional Lula Livre é uma forma de demonstrar que o povo tem sua força, sua organização e seu projeto”, explica Antônia Ivoneide, da direção nacional do MST. Ela continua: “E esse projeto enxerga em Lula a possibilidade real de reverter as maldades que o Golpe de 2016 trouxe para o povo pobre: fome, desemprego, ataques à saúde e educação, aumento da violência e entrega das riquezas nacionais”.
Os militantes se dividem em três colunas com mais de 1500 trabalhadores rurais cada, que partiram de pontos do entorno do Distrito Federal para percorrer em média de 50 a 90 km rumo a Brasília. São as Colunas Tereza de Benguela (com militantes da Amazônia e Centro-Oeste), Ligas Camponesas (com militantes do Nordeste) e Coluna Prestes (que reúne militantes de Sul e Sudeste).
Nesta segunda-feira (13), a Marcha Nacional Lula Livre recebe a visita do Prêmio Nobel da Paz, o argentino Adolfo Pérez Esquível, para acompanhar a coluna que saiu de Taguatinga. Também visitam a marcha, na coluna que saiu hoje de Samambaia, a deputada do Podemos da Espanha, Maria Spinoza, e a presidenta e a vice-presidenta da União nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias e Jessy Daiane, respectivamente.
Também se fazem presentes na Marcha Nacional Lula Livre outros movimentos da Via Campesina, como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e o Levante Popular da Juventude. A expectativa é que, no dia 15, outras organizações da classe trabalhadora reforcem a mobilização, ampliando o contingente de marchantes para pelo menos 10 mil trabalhadores ocupando Brasília.
Além da Marcha, outras mobilizações acontecem em torno do direito da liberdade e da candidatura de Lula. Sete militantes se encontram em greve de fome há 13 dias para denunciar a volta da fome e anunciar a esperança do povo de que Lula reverta essa situação. Na última sexta-feira (10) ocorreu o dia do Basta, mobilizado pelas centrais sindicais. Nesta segunda-feira (13), ações em diversos países também denunciam a situação de Lula, numa jornada em nível internacional.
Fonte: www.diariodocentrodomundo.com.br