No início deste mês, após criticar, em uma celebração na Paróquia da Paz, em Fortaleza, a política e a conduta genocida do presidente Jair Bolsonaro frente à pandemia, Padre Lino Allegri foi hostilizado por fiéis bolsonaristas presentes no local, que invadiram a sacristia da igreja e proferiram ofensas contra o sacerdote. Desde então, Padre Lino vem sofrendo perseguições políticas de seguidores de Bolsonaro por exercer em suas celebrações um direito constitucional de liberdade de expressão. No último domingo, 18, bolsonaristas lotaram a missa de Padre Lino, trajados de verde e amarelo, e chamaram o padre de comunista. Em razão do ocorrido, a Paróquia decidiu afastá-lo das atividades de celebração, a fim de preservar a integridade física e mental do padre.
É inaceitável que, em um Estado Democrático de Direito como o Brasil, situações de intolerância como essa ocorrida com o Padre Lino ocorram. Mais inadmissível ainda é ver pessoas hostilizarem um sacerdote em nome de um Deus que prega em seu evangelho o amor e o respeito ao próximo. O que vem sendo praticado por bolsonaristas é contrário a todos os ensinamentos cristãos e se assemelha ao discurso de ódio que o presidente adota em suas falas. A Intersindical Ceará presta ao Pe. Lino Allegri a mais irrestrita solidariedade diante dos casos de intolerância da ala bolsonarista de Fortaleza.
Jamais silenciarão a voz de quem luta pelos direitos humanos, pelos oprimidos e pelo fim do projeto de ódio e de genocídio de Jair Bolsonaro.